quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Trecho.

Mirella: Se o amor soubesse falar, se tivesse boca, se tivesse tempo pra se descrever... então o amor seria raso, o amor teria medo. Porque as palavras se perdem e quem fala sempre se entrega ao razoável, ao que a língua permite. E se o amor contasse os desejos, eles já não seriam arte e que valor teria o olhar?
O amor enxerga, lembra e escolhe sim... ele aflige, inebria e é tão consciente, que se faz abstrato.

“O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica...”

- No teatro a gente enfeita, esconde, empresta o corpo.
No teatro não existe ridículo, não importa o patético... o errado complementa, a beleza é o grande fim.