quarta-feira, setembro 20, 2006

Fever experience.

Brasília, 20 de setembro de 2006. – 14:10h.

Não to afim de contar meu dia hoje, até porque, ele ainda nem passou. Mas tendo um tenato de remorso por ter “abandonado o navio" aqui, trago alguns fluidos instantâneos...

É possível que os corações se invertam por um tempo? Quero dizer, será que existe um estágio do amor em que já não se sabe quem é quem? E que evolui à completa troca?
Pensei num dia completo pra um sonho, uma redação pro futuro, uma previsão que fosse “chula”. Entrei nos papos dos anjos, queria um tema melhor, filtrei as areias salgadas do sul... “Rumo dos sonhos”? Quem sabe...
Tenho as respostas do Sol. Fui longe de mais... Pra mim, quando os pontos se invertem o amor perde a razão de ser... a individualidade, as diferenças ideais, o incondicional. E se o fim não precisa ser fim, não há motivo também pra se preocupar com o que foi bom, com o que conquistou, envolveu... não há motivo pra lembrar do ‘sim’.
Nem às paixões mais cálidas Deus se rendeu através de procuras, lágrimas de dúvida, tesão ou desespero completo, sede de saber as proporções, ingredientes, razões.
‘Que seja eterno enquanto dure’, que faça o corpo queimar, suplicar... que tenha cor, que nunca falte a dor, que seja então amor!
Questões banais, minúcias de quem as criou. Ainda não vivi o bastante pra entender tanto mutualismo, ainda não amei a tanto.

Juliana Bravo.

segunda-feira, setembro 11, 2006

Solidão cíclica.

Aprendi com a dor, que a dor é utopia de que ama, mas se a gente não ama, ela dá um jeito de vir mesmo assim.
Aprendi com a dor, que não se deve tentar romper o destino, porque ele pode ser um tanto birrento!
Aprendi com a dor, que não é necessário tentar curar os defeitos alheios, porque no fim os nossos serão sempre piores!
Aprendi com a dor, que as asas dos anjos são tecidas de cetim, cravadas à penas de algodão doce e enfeitadas com areia do Sol.
Aprendi com a dor, que o coração se impõe sobre tudo, então não adianta aconselhar uma paixão... O que não tem remédio, remediado está!
Aprendi com a dor, que os sonhos são presságios do surreal.
Aprendi com a dor, que carinho se compra com carinho e que as maiores amizades são encontradas facilmente numa lojinha de esquina chamada “Apoio & Compreensão conveniências”.
Aprendi com a dor, que eu sou um simples reflexo de amor e que não adianta me rebelar contra ele.
Aprendi com a dor, que o fim existe pra nos ensinar a viver direito.
Aprendi com a dor, que acordar com o Sol e sorrir pra si pode ser o melhor remédio!
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Brasília, 11 de Setembro de 2006 – 22:00h.

Já falei sobre o feriado no fotolog ontem... E confesso que estou devendo satisfações à esse diário. Bom, aqui estou!
Hoje passei o dia ouvindo Corinne Bailey, escrevi umas coisinhas bobas sem começo nem fim... talvez um meio de mim, um meio desse turbilhão de emoções mortas, meia manifestação de um vazio feliz!
Vazio feliz?
Antônimos completos, mas do que mais posso chamar um bem estar sem motivo aparente nem definição? Vazio feliz sim... e por que não?
Levei a Dani e o Juarez ao aeroporto agora a noite, nos despedimos e eu voltei pra casa com aquela conhecida sensação de estar voltando a realidade... Então pensei - Incrível como isso tem sido freqüente nos últimos meses! – Sempre assim dês de as férias de julho... um ciclo irregular de idas e vindas do presente, uma cadeia de presenças e faltas inestimáveis... uma solidão que vem, fica, se estabiliza, se instala... a ilha de euforia que atrai marés de sorte, mas se esvai pela manhã!
Logo as idéias fervilham... Sul... futuro incerto que eu quero, mas não espero. A solidão de uma vida longe de mim, longe dessa casa, desse cheiro de mato, dos meus costumes biológicos, minha família... O que o amor não faz! O que o DESTINO não constrói!
A conclusão? Não teve conclusão!
Uma vez eu disse a alguém que preferia me deixar levar pelo calor das horas... Sigo assim então... E a quem não conseguiu acompanhar as relações no decorrer daqui eu digo: Amor, a vida não precisa fazer sentido, só precisa ter contexto e ele nem sempre tem de ser necessariamente compreensível a olho nu!
;)

Juliana Bravo.