sexta-feira, março 28, 2008

Um caminho, um motivo, um lugar.


Por aqui o tempo é curto, a criatividade é presente pra outras letras, mas as mais convencionais também são vício... E eis que começou o outono. Não acho que as folhas no chão sejam sinal de nada além da hostilidade da estação, ainda quente, mas reconheço que a posição das estrelas denuncia minhas fraquezas nesse mundo que, feliz ou infelizmente, eu sou só o que me convém ser.
Estar em Brasília na semana passada, no 22 das crises mais tensas, foi exatamente o que o Caio chamaria de “salada de impulsos pré-saudade”... Foi incrível! E cada tropeço foi necessário, mas foi só! Porque no fim das contas eu continuo do outro lado do mundo, exposta a fins que me deixariam arrasada e ainda sem a certeza de que toda essa curiosidade valeu o ciúme. E porque reconhecer é muito mais fácil que descobrir, mesmo que os remédios do tédio tenham passado da validade e o conforto dessa distância seja bem oportuno.
Hoje todas as noções, ainda que obrigatórias, da quantidade e disposição de qualquer amor que eu sinta ficaram mais turvas... Isso por razão de nada, por questão de consciência, porque o sono não veio e trouxe sonhos absurdos até pro meu costume. E eu chamo a tarde de saudade, a lua de onda, as ondas de qualquer antônimo de sentimento.
Noite de fogueira, fica pro chimarrão na calçada e matar aula pra escrever.
Acho que vai chover.